Correr no exterior é sempre uma boa experiência
Inscrição feita em 2019, uma pandemia e uma doença pela frente, para, enfim, correr no exterior, dessa vez, em Amsterdã, na Holanda
A pandemia aliviou e nós finalmente pudemos viajar para a Europa para mais uma vez correr no exterior. A inscrição, feita em 2019, ainda era válida para 2022, nós já estávamos vacinados e a esclerose múltipla, que caiu no meu colo no caminho, controlada. Não tinha como não ir!
Como mantivemos os treinamentos – o Vini desde sempre, eu com uma pequena pausa entre o final de 2020 e 2021 -, estávamos preparados para mais essa prova, que teria como largada o belo Estádio Olímpico de Amsterdã.
A tão esperada viagem para correr no exterior
Planejamento e pesquisa para organizar essa viagem sem atrapalhar a prova. A ideia era alinhar uma programação que incluísse vários países, passando pela Holanda.
Fechamos assim: entrada por Portugal (Lisboa e Porto); voo para França (Paris); passando pela Bélgica (Gent e Bruges), seguindo para Holanda (Roterdã e Amsterdã); depois por Berlim, Praga, Cracóvia, Budapeste, Munique, para enfim voltar para o Brasil.
Planejamos para entrar na Europa no começo de outubro e a prova, marcada para dia 16 do mesmo mês, ficaria bem no meio da viagem.
Apesar de só estarmos com mala de mão e mochila, conseguimos levar todos os itens necessários: mais de um tênis, roupas, suplementação.
Fase de polimento
Como chegamos no mês da corrida, os treinos já não estavam mais no pico. Com isso, pudemos fazer bons treinamentos curtindo as paisagens dos locais por onde passamos.
Chegamos em Amsterdã
Cidade nova, entramos em Amsterdã dois dias antes da prova, debaixo de chuva. Fomos pegar os kits em uma expo grande, de três salões, mas extremamente bem organizada.
Aqui entra um ponto que brasileiro ganhou em todas as vezes que fomos correr no exterior: qualidade do kit!
Todas as provas gringas que fizemos dão uma sacola com um numeral, enquanto no Brasil transbordam brindes de parceiros e patrocinadores. Além da qualidade da camiseta, quando tem.
Aproveitamos para conhecer a região onde estávamos hospedados e o transporte público (péssimo se comparado às outras cidades europeias) que nos levaria até a prova.
Pegamos um Airbnb cerca de 2,5km do Estádio Olímpico. O apartamento era privativo, com uma pequena cozinha, quarto confortável e um banheiro espaçoso.
Compramos o necessário para o café da manhã, o macarrãozinho básico do pré-prova e lanches para levarmos no dia da corrida. Ah, detalhe: a maratona largaria de manhã e a meia à tarde. Sendo assim, basicamente passaríamos o dia em função da prova.
Grande dia
16 de outubro: Vini saiu de casa e ainda nem tinha clareado. A largada era às 9h. Eu fiquei em casa, mas logo levantei tamanha ansiedade. A prova disponibilizou um aplicativo para acompanhar os corredores que, adivinhe, não funcionou.
Me arrumei e também fui para o estádio. Não vi a largada dele, mas fiquei tentando acompanhar o trajeto dos atletas pelo alto-falante. Logo chegariam os primeiros colocados.
E não demorou muito para o Vini aparecer. Com 3h09 ele concluiu sua quinta maratona com sucesso!
Nos encontramos, depois nos perdemos e nos encontramos novamente só para eu deixar as coisas com ele e me preparar para minha largada, que demorou quase uma hora para acontecer.
Clima torando – despontou um sol que nunca aparece em Amsterdã -, e lá fomos nós para a meia-maratona, concluída com sucesso após 2h10.
Sim, temos dois recordes pessoais em Amsterdã!
Torcida impulsiona
Segunda diferença das provas gringas para as brasileiras: a torcida nas ruas o dia inteiro! Como as provas tinham horários diferentes, o pessoal já acampava na calçada, com placas engraçadas e incentivadoras. Crianças, cachorros, famílias, jovens bebendo, tinha de tudo.
Foi uma delícia, Amsterdã. Obrigada por nos receber e organizar uma prova tão boa de participar.
Esse ano não vamos correr no exterior, mas nos aguarde, Rio de Janeiro, que logo estaremos chegando por aí! Acompanhe mais no @nomadescorredores.