Estivemos na Amazon Go, a loja que promete revolucionar o varejo

 Em Empreendedorismo

Inaugurada em janeiro em Seattle, nos EUA, o espaço permite fazer compras apenas com o celular em mãos, com um sistema capaz de identificar os produtos retirados das prateleiras

Seattle é uma cidade em franca expansão nos Estados Unidos. Talvez tenha sido um dos municípios que menos sofreu com a crise em 2008, o que simplificou a sua recuperação econômica. Além disso, tornou-se referência e ganhou escritórios das principais empresas de tecnologia do globo: Google, Facebook e Amazon, além, obviamente, da Microsoft, que nasceu em sua região metropolitana, em Redmond.

Essa foi uma das razões pela qual a cidade foi palco de uma das primeiras experiências que prometem transformar o varejo mundial: o lançamento da Amazon Go, um novo conceito de loja, sem caixas, sem filas, em que a cobrança é feita diretamente pelo celular, via aplicativo. Ela está na 7ª avenida de Seattle, bem ao lado da impressionante nova sede da Amazon – em formato de vários globos, quebrando toda a paisagem urbana.

Como funciona

A loja está bem ao lado deste “edifício”. Na entrada, pequenas catracas liberam automaticamente os usuários que têm o aplicativo instalado no celular. Se você não o tem e nem um plano de dados, sem problemas: a empresa libera o wifi para que você faça os downloads necessários, cadastre o seu cartão de crédito e possa usufruir desta experiência.

O wifi livre é mais um ponto positivo para a ideia do negócio. Embora nos EUA boa parte da população usufrua do seu plano de dados, Seattle recebe um grande volume de turistas anualmente, que nem sempre estão com suas redes em plena operação.

Lá dentro, a experiência é super simples. Basta escolher os produtos, dentro de uma seleção com uma pegada mais natural e tirá-los da gôndola. O sistema desenvolvido pela Amazon é capaz de perceber essa retirada e, automaticamente, inserir o produto na sua fatura. A partir daí, basta escolher aquilo que você gostaria de comprar, tirar das prateleiras e ir embora. Desistiu de comprar? É só devolvê-lo no mesmo lugar que ele é retirado da sua conta.

Na seleção de produtos, encontram-se refeições para café da manhã, almoço e jantar e uma pequena seleção de cervejas e vinhos, além de kits exclusivos da Amazon. Na vitrine ao lado, funcionários fazem sanduíches e outros produtos a pleno vapor.

Toda a compra é feita diretamente pelo consumidor e há apenas alguns funcionários conferindo se o cliente tem mais de 18 anos para comprar bebidas alcoólicas e auxiliando em relação ao aplicativo e seu uso. Na saída, o usuário recebe uma confirmação do quanto gastou e quais foram os produtos comprados. Rápido, fácil e muito eficiente.

Como surgiu a ideia

– O que mais incomoda quem vai ao mercado? As filas.

– Como as filas poderiam diminuir ou deixar de existir?

Foi com base nessas perguntas e desse incômodo que a Amazon passou a pesquisar um novo modelo de varejo, que fosse atrativo aos consumidores e resolvesse o problema.

Por alguns meses, a loja operou somente para os funcionários em um período de testes. Em janeiro deste ano, foi oficialmente aberta para o público. De início, todo o conceito foi por água abaixo, porque o espaço de 167 m2 recebia enormes filas de consumidores curiosos. Com o passar do tempo, ela passou a funcionar de acordo com o esperado. Quando estivemos lá, havia um movimento constante de pessoas, tanto entrando para comprar quanto somente para conhecer.

Ainda há uma percepção de estranhamento por parte do consumidor, mas, se já estamos adaptados ao self-checkout em mercados, aos totens das companhias aéreas e de transporte rodoviário, por que não a esta nova experiência?

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