O marketing, a comunicação e a crise
Ao ouvir a palavra “crise”, todo profissional envolvido nas áreas de comunicação e marketing sofre muito mais do que os envolvidos em qualquer outro setor. E o temor não é à toa, visto que, via de regra, os profissionais da área são os primeiros a perder seus postos quando os resultados financeiros não são os esperados e um cenário negativo se desenha no médio e longo prazo, interferindo no investimento em marketing.
A principal alegação para o corte nas duas áreas se deve à falta de resultados palpáveis ou mensuráveis. Esclarecendo: enquanto a maior parte dos departamentos trabalha com critérios tangíveis, o marketing e a comunicação estão ligados a valores intangíveis, como a credibilidade e a imagem, aspectos de difícil mensuração financeira. Ou seja, trata-se de um setor muito acionado nos bons momentos, mas que, em situações ruins, não justifica seu investimento, na opinião de muitos empresários.
Esse cenário, aos poucos, começa a se transformar, especialmente no Marketing Digital. Embora se trabalhe, obviamente, com aspectos intangíveis, é possível usar critérios claros para as companhias: cliques no site; conversões de visitantes em prospects/clientes; posição de rankeamento em sites de busca (SEO); entre tantos outros que podem ser levados conforme objetivos e área de atuação.
Aparecer é preciso
Já escrevemos em outro texto que uma das principais vantagens do investimento em marketing digital, em especial do marketing de conteúdo, é o fato de o cliente encontrar o seu produto ou serviço, especialmente por meio de um bom rankeamento em sites de busca, e não o contrário. Em um momento de crise, quando os investimentos e aplicações de recursos são muito mais racionais, o marketing não pode ser deixado de lado: é preciso aparecer.
Mais do que simplesmente analisar os números, deve-se pensar de forma estratégica quanto aos investimentos de marketing. Se, por um lado, há aspectos intangíveis envolvidos, por outro a falta de investimento pode afetar, sim, os resultados já combalidos das empresas. Portanto, não se trata de cortar os investimentos, mas de pensar em ser mais efetivo com os novos clientes e de se fazer presente de forma eficaz para os clientes atuais e, mais do que isso, preparar o terreno para o crescimento no período pós-crise.
Há áreas tradicionais que demandam mais investimentos, enquanto outras costumam ter valores menores. Será que não vale a pena, por exemplo, fazer um corte no investimento destinado à publicidade e tentar a produção de conteúdo? Há diversas opções para os momentos de verba mais restrita sem correr o risco de desaparecer.
Não esqueça dos seus clientes
Muitas vezes, por estar focado em prospectar novos clientes, as empresas/pessoas com quem se tem negócios no momento podem ficar à margem. E o marketing pode e deve ser uma importante ferramenta na manutenção desses clientes, especialmente as ações que visam manter e produzir informações/conteúdos relevantes para aquele público específico, seja em um blog corporativo, revista corporativa (física ou digital), mídias sociais, entre outros. Tenha isso em mente, sempre, para não criar um novo problema que seria perder os parceiros atuais.
Cortar na própria carne, normalmente, é a estratégia adotada pelas companhias, mas para isso não é preciso necessariamente desaparecer para seus clientes. É nesse momento que vale a pena tentar fidelizá-los ainda mais. Não sabe como? Vamos bater um papo!