A produção de conteúdo e o debate sobre o suicídio

 Em Produção de conteúdo

Suicídio: um daqueles temas difíceis de falar, de se discutir e que, por muitos anos, permaneceu invisível em nossa sociedade. Os grandes jornais nem sequer tocavam no assunto, e o problema permaneceu por muitos anos quase imperceptível. Famílias lidavam com as sequelas desses atos, que, em muitos casos, permaneciam escondidas e pouco faladas.

Eis que a produção de conteúdo resolve jogar um pouco de luz sobre o assunto. Em um primeiro momento, uma série produzida pela Netflix “13 Reasons Why” trouxe o tema por uma perspectiva diferente: a de quem permanece vivo. E junto com isso apresentou uma série de questões relacionadas à juventude e que causam grandes transtornos aos jovens, como bullying, relação com os amigos, necessidade de pertencimento a grupos e por aí afora.

E, no mesmo período, a Secretária de Saúde de Curitiba emite um alerta sobre 5 tentativas de suicídio em uma noite supostamente relacionadas a um “jogo”, chamado de Baleia Azul. E os jornais e os portais de notícia começam a quebrar tabus e publicar matérias sobre suicídio, suas causas, a necessidade de os pais observarem seus filhos, entre outros temas. A essas discussões, são acrescentados debates sobre doenças como depressão, esquizofrenia, entre outras.

A informação

Em um primeiro momento, tanto a série da Netflix quanto a mudança de posicionamento dos veículos de comunicação foi percebida por muitas pessoas como apologia ou manual sobre como se suicidar.

O entretenimento, os jornais e os portais têm grande responsabilidade em lidar com um assunto polêmico e perigoso — e que sempre esteve presente em nossa sociedade. Por mais que erros sejam cometidos na escolha dessa abordagem, falte o aprofundamento necessário, entre tantos outros pontos sujeitos a equívocos, o simples fato de se discutir um assunto torna tudo mais fácil de ser lidado e, por vezes, até descoberto pela família.

Hospitais, clínicas psicológicas, profissionais que atuam na área podem contribuir de forma incrível para esse debate, apresentando casos, situações, soluções, dicas e informações pertinentes para pais, professores e para os próprios adolescentes. Ou seja, a produção de conteúdo responsável pode contribuir para que adolescentes se sintam à vontade para conversar com seus pais e amigos, para que pais procurem monitorar melhor os seus filhos na internet e orientá-los em situações de risco.

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