Bistrô e café, o Locavorista defende o consumo de produtos regionais

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Adeptos do locavorismo, ato de privilegiar alimentos locais e ter cuidado com a sustentabilidade, espaço monta um cardápio tipicamente paranaense

Qual é a comida típica do Paraná? Aposto que a primeira memória gastronômica que vem à cabeça é o barreado, prato servido com abundância em Morretes, no litoral do estado. Uma receita tradicional, caso do barreado, somada à valorização de ingredientes locais e regionais, servem também para fomentar a economia regional. E é justamente isso que o bistrô o Locavorista, no centro de Curitiba, está tentando defender.

O propósito não é simples, mas é nobre. “Além de alimentar o corpo, queremos alimentar o espírito e a mente. A maior parte dos nossos fornecedores é de pequenos produtores. A missão é ir além da boa comida, do bom ambiente, da boa humanidade”, resume um dos sócios do espaço, Luiz Mileck. Um dos exemplos é o terraço do Locavorista, onde há o plantio de hortaliças e brotos, oferecendo sempre ingredientes frescos para os clientes.

Um nome, um conceito

O nome do restaurante surge de uma expressão ainda pouco difundida, que representa uma pessoa que dá preferência a alimentos produzidos em suas proximidades e um estilo baseado na economia criativa e na sustentabilidade. “Nós trabalhamos com ingredientes caseiros. Temos o objetivo de chegar a 100% de ingredientes paranaenses em nosso espaço”, conta Mileck.

Um dos exemplos citados por Mileck é o pesto produzido no local. Em vez de usar nozes ou castanhas, ele se baseou na noz-pecã. O motivo? No ano passado, o Paraná foi o segundo maior produtor de noz-pecã do Brasil, atrás apenas do Rio Grande do Sul. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná conta com 615 hectares de área plantada, o equivalente a 35% da produção nacional.

Em 2016, o estado somou 4,2 mil toneladas do fruto, o triplo do que havia sido registrado no ano anterior, de acordo com o Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral), da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento. Estima-se que o fruto da nogueira-pecã foi introduzido no Brasil em 1870. Ou seja, tornou-se um tipo de consumo tradicional do estado.  

Cardápio e produtos locais

O cardápio do Locavorista é bastante diverso. E o mais importante: não faz distinções. Há pratos principais, entradas e sobremesas para intolerantes ao glúten, à lactose, vegetarianos e veganos. “Nosso propósito é receber a todos”, afirma Mileck. Nós provamos:

Entrada – Gazpacho de beterraba (R$18): um estilo de sopa que se come frio, servida com espuma de nata e torradas finas de pão de fermentação natural. Bem temperado e marcante. Destaque para a torrada, que é fantástica!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Prato principal – Gnocchi com massa de beterraba com pesto de manjericão, acompanhado de noz-pecã e queijo e um Virado à Linguiça, feito com feijão amendoim, farinha de mandioca de Morretes e ovo frito (R$35 cada).

 

Sobremesa – Pudim Bêbado, um pudim de leite com calda de caramelo feita com cachaça de Morretes (R$14) e um Brownie de milho com sorvete (R$25).

 

Além do bistrô e café, o espaço conta com uma loja de produtos locais. A maior parte deles é artesanal ou caseiro, seguindo o princípio do local. Contudo, há outros itens industrializados, especialmente o refrigerante Cini, tipicamente paranaense.

O Locavorista está localizado na Rua Comendador Macedo, 233, próximo ao Passeio Público, e funciona de segunda a sexta das 9h às 21h, sábados e domingos das 10h às 16h.

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