Corrida de rua: uma metáfora da vida e do empreendedorismo

 Em Empreendedorismo

Por maior que seja o preparo e o treinamento, o dia da corrida sempre trará uma dificuldade não prevista, que terá que ser superada

Neste ano, pretendo correr minha primeira maratona: serão 42 km em novembro. Uma tarefa difícil, que está exigindo treino, disciplina para ter condições de fechar essa distância e formas de trabalhar a cabeça para aguentar dores e incômodos. No momento, não estou estabelecendo nenhum objetivo de tempo: apenas fechar a distância correndo é o suficiente – internamente, meu objetivo é concluir perto das quatro horas, o que seria ótimo, um grande orgulho.

O que eu já sei de antemão é: por mais que se treine e se tenha condições físicas, trabalhar a cabeça talvez seja a etapa mais complexa da preparação. O motivo? É impossível saber o que vai doer na prova e com qual intensidade, se as cãibras vão atrapalhar, se as articulações vão afetar o desempenho em algum momento… A única certeza é o fato de que a cabeça precisa estar focada para se cumprir esse objetivo.

Isso me lembra algo que vem ocorrendo na vida de empreendedor: as dificuldades, os desafios e as limitações que vão aparecendo. É preciso ter força mental para enfrentar esses momentos, continuar otimista e conseguir focar na solução do problema como um todo. Ou seja, correr é como empreender: por mais que se fortaleçam as pernas, é sempre sua cabeça que vai te levar mais longe do que você imagina.

Na realidade, concluir os 42 km é só uma corrida dentro da verdadeira maratona que é a vida – e o ato de empreender. E o esporte, ilustrado aqui pela corrida de rua, talvez seja uma das melhores metáforas para o ato de viver: por mais que você se prepare, faça um planejamento adequado e saiba o que pode atrapalhar, todas essas dificuldades vão acontecer e terão de ser superadas se você espera conquistar um objetivo.

As distâncias e o ato de empreender

Ainda não sou nenhum grande exemplo para falar sobre distâncias de corrida – já completei algumas meia maratonas e estou em vias de fazer minha primeira maratona oficial. Lá, em 2011, quando comecei a correr, nunca pensei que teria condição de fechar 21 km em uma condição legal – como fiz duas ou três vezes. E nem que seria capaz de fechar 21 km após ficar quase 6 meses sem correr, com um pouco mais de sofrimento.

Talvez esteja enganado, mas minha percepção é que o corpo vai ficando calejado, mais resistente e a cabeça ganha mais força para enfrentar os desafios que virão, assim como o ato de empreender. Cada “não”, cada porta fechada pode ser lamentada, mas, ao mesmo tempo, deve servir como um aprendizado e uma maneira de não abaixar a cabeça para os novos desafios que estão por vir.

Por Vinicius Boreki
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